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INDIGNADO COMIGO MESMO!

 

2022 © Ederson Malheiros Menezes

Indignado Comigo Mesmo! (e-book)

Autoria, preparo dos originais, capa, desenho de página, revisão e acabamento: Ederson Malheiros Menezes

Todos os direitos reservados.

Não é autorizada a reprodução, distribuição ou venda deste e-book sem a expressa autorização do autor.

EMM Learning – Ederson Malheiros Menezes

Ijuí – RS

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www.edersonmenezes.com.br

 

 

INTRODUÇÃO E ORIENTAÇÕES

 

Olá indignado(a),

 

Que bom que você abraçou esta oportunidade de crescer na área de inteligência socioemocional.

 

Gosto da definição de Robert L. Leahy quando diz que as “emoções são sentimentos que têm significado para nós” – simples de entender, mas algo que exige inteligência em nossa jornada de vida para decifrar.

 

Segundo Leahy (2021), as emoções são compostas por cinco partes: sensações, crenças, objetivos, comportamentos e tendências interpessoais – e, quando identificamos estas realidades em nossa vida, podemos modificá-las.

 

 

A ênfase aqui é criar uma experiência positiva de conhecimento e prática de vida que desarticule as bases que promovem a ansiedade e esgotamento na vida das pessoas.

 

Sendo assim, nossa atenção recai sobre o pensar, sentir e agir. E, quando se fala em aprender a pensar, sentir e agir – estamos falando de inteligência socioemocional.

 

A escolha da “indignação” como base tem sua razão no fato de que ela está presente na vida de todas as pessoas com maior ou menor grau e aparece com regularidade nas experiências sociais.

 

Além disso, a indignação aqui proposta é revertida em uma experiência positiva – um exemplo de como é possível ressignificar nossos sentimentos e usá-los como base para novas aprendizagens. Por isso…

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Vale lembrar ainda que esta é uma proposta preventiva, educacional e de desenvolvimento pessoal. Por isso, use ela para seu desenvolvimento e não para tratamento de quadros que se configuram com necessidade de atendimento de profissionais da saúde.

 

Mais do que um conteúdo, inteligência socioemocional aplicada é um exercício que precisa ser realizado com dedicação para se obter os resultados.

 

E, para potencializar os resultados é altamente recomendado que você leia este e-book digital não apenas uma vez, mas várias vezes durante seu desafio de crescimento.

 

Além disso, aplique os conhecimentos do programa – pois, no processo você vai redefinir e redirecionar sua indignação, trabalhar aceitação e por fim desafiar-se em novos hábitos e práticas.

 

É uma leitura rápida, mas não deve ser negligenciada. Não é teórico, mas sim simples, prático, objetivo e transformador.

 

Avance sempre indignado(a) consigo mesmo(a)!

 

Ederson M. Menezes

Mestre em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social (PSDS)

 

 

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 Você conhece um homem conhecendo as suas indignações. 

(Autor Desconhecido)

 

 

INDIGNAÇÃO

 

O que deixa você “P” (Perplexo/a) da vida?

 

Todos têm pelo menos um motivo para se sentirem indignados. Pode até não falar, mas a pessoa “ferve” por dentro.

 

Normalmente, ficamos indignados quando julgamos algo como sendo uma injustiça, mentira, trapaça, atitudes inconvenientes ou coisas semelhantes.

 

Por exemplo, uma das coisas que mais causa indignação é a injustiça – normalmente associada a politicagem e malandragem. Isso incomoda porque de algum modo afeta a vida que se apresenta com diversos desafios que poderiam ser minimizados se a injustiça não estivesse presente.

 

Por outro lado, desde que se sabe sobre o mundo, sempre houve algo que foi caracterizado como injusto – e, sendo assim, o desafio recai em aprender a perceber e processar esta experiência da forma mais adequada – de modo que não haja indiferença, negligência ou adoecimento emocional.

 

A indignação aparece porque os valores, expectativas e concepções acerca da vida e do mundo que a pessoa possui nem sempre correspondem com sua experiência de vida.

 

Então, esta indignação assola – corrói por dentro e evoca vários outros sentimentos, pensamentos e algumas vezes, atitudes impróprias – um modo de vida que nem sempre é sadio.

 

Agora, fala sério! Vamos ao ponto central da questão!

 

É muito mais fácil indignar-se com os outros do que consigo mesmo – não é verdade?

 

É mais fácil pensar que sempre estamos certos, ou pelo menos, mais certos do que os outros.

 

Mas, ficar se indignando com a vida dos outros sem se indignar com sua vida é um grande problema.

 

Então, este é um convite para você se indignar consigo mesmo.

 

E, ficar indignado(a) consigo mesmo(a) requer que olhe para você, para sua vida, para seus pensamentos, sentimentos e atitudes.

 

Afinal, se você percebe-se como uma pessoa com vivências ansiosas e esgotantes, isso diz respeito a você – ao seu modo de ver, pensar, sentir e agir.

 

Você decidiu pensar, sentir e agir assim – estou errado?

 

 

-o-

 

 A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las. 

(Santo Agostinho)

 

 

AUTOINDIGNAÇÃO

 

Agora sim!

 

Se você consegue se autoindignar, então está no caminho certo. Calma! Eu vou explicar um dos motivos para fazer esta afirmação.

 

O que acontece é que na maioria dos casos, quando nos indignamos com os outros queremos mudar as pessoas e a situação a força, e este não é o melhor caminho.

 

Mudar não é algo fácil, mudar os outros é uma tarefa quase impossível – quando entendemos que as mudanças dependem de cada pessoa, de um “por si mesma”, então, isso se esclarece.

 

Por isso, mudar a si próprio, quando for conveniente e inteligente, é o melhor caminho.

 

Tá, já sei! Você deve estar gritando dentro de si… “Mas e quando eu tenho razão? E quando o que os outros fizeram ou fazem é errado?”

 

É… eu sei, isso não é nada fácil de gerenciar.

 

Claro que se você tem a oportunidade de ajudar outras pessoas a mudarem para melhor, deve fazê-lo – compreendendo que o “melhor” destas pessoas pode não ser o seu “melhor”, ok.

 

No entanto, o que quero destacar aqui é que muitas vezes você se esgota tentando mudar os outros e situações que estão totalmente fora de suas possibilidades.

 

A indignação nos move a fazer algo, mas há algumas muralhas intransponíveis. E, você precisa compreender que, nestes casos, a melhor opção é mudar a si próprio.

 

E, talvez, melhor do que a indignação seja a ACEITAÇÃO.

 

ACEITAÇÃO? ACEITAÇÃO? SIM!

 

A aceitação pode fazer bem para você!

 

Não estou dizendo que você não poderá fazer nada para ajudar a transformar algo que precisa realmente de mudança.

 

Estou dizendo para você ACEITAR, parar de lutar por um momento, aceitar a realidade e então ser inteligente em suas emoções e ações para agir de forma mais sábia.

 

Você pode até relutar muito para aceitar esta proposta até compreender que aceitar as coisas faz parte de uma atitude mais inteligente.

 

Veja, aceitação aqui não é compactuar com aquilo que de ruim acontece. É antes, não se esgotar emocionalmente, e então reunir força e sabedoria para agir quando conveniente e de uma forma diferente – pois, se você adoecer, não poderá fazer nada efetivamente.

 

A proposta é AUTOINDIGNAÇÃO!

 

E, para que isto se torne possível é necessário que você pare de ficar “acusando” os outros. Que aceite a situação de uma forma inteligente para cuidar de você, do seu modo de pensar, sentir e agir.

 

Veja! Mais uma vez vamos repetir que isso não tem nada a ver com indiferença ou negligência – isso está relacionado com AUTOCUIDADO – principalmente, naqueles casos em que as forças da pessoa estão se esvaindo diante de desafios que ela sozinha ou até mesmo em conjunto de outras, não pode mudar no momento.

 

Como registrado no pensamento inicial deste capítulo, a esperança ocupará o lugar da ansiedade e do esgotamento se houver indignação e coragem. Mas, qual indignação e coragem?

 

Indignação que não aceita as coisas, mas que também é inteligente para articular-se de forma mais assertiva.

 

E, coragem que faz perceber a necessidade de mudar de estratégia, de modo de vida para tornar-se mais forte, coragem que mantém a força para lutar.

 

 

-o-

 

 Ninguém mente tanto quanto o indignado. 

(Nietzsche)

 

 

COMIGO MESMO!

 

Agora sim, podemos responder a questão inicial sobre o que acontece quando o alvo da minha indignação sou eu mesmo.

 

Você se abre para agir com mais inteligência socioemocional e sabedoria.

 

Compreender que há coisas acerca das quais podemos não ter como modificá-las e aceitá-las, nos ajuda a viver melhor nossas emoções.

 

Além disso, compreender que há coisas que podemos enfrentar de forma mais inteligente com o tempo nos ajuda a conquistar melhores resultados.

 

O que acontece é que você deixa de agir de forma impulsiva e de permanecer em uma condição de ansiedade e esgotamento – desde que, transforme sua forma de pensar, sentir e agir.

 

 

Deste modo, indignar-se consigo mesmo é o melhor caminho para crescer como ser humano.

 

Sinta a sua indignação em relação ao que te cerca, mas seja inteligente – não seja dominado por esta indignação – antes, redefina ela, articule esta realidade de modo a contribuir com sua jornada de vida.

 

Faça da oportunidade desta emoção e sentimentos tão poderosos uma academia para se fortalecer em suas emoções e ajustar seus comportamentos.

 

O crescimento muscular da inteligência socioemocional é um exercício continuado, então quanto antes começar e quanto mais tempo exercitar, melhor vai ser.

 

Duas outras palavras são importantes aqui: autoconsciência e autorresponsabilidade.

 

Autoconsciência significa que você não está vivendo em automatismo, agindo por impulso. Significa que você está consciente do que está acontecendo dentro e fora de você e que está articulando com sabedoria seu pensar, sentir e agir.

 

Autorresponsabilidade significa que você sabe dimensionar seu envolvimento de forma a manter-se forte e saudável, para viver e contribuir com a vida da melhor forma possível.

 

Desconheço o contexto da citação de Nietzsche quando diz que “ninguém mente tanto quanto o indignado” – mas, entendo em si mesma como uma referência ao fato de alguém dizer-se indignado, porém sem ação, sem autorresponsabilidade adequada, sem se importar de verdade.

 

Este indignado de Nietzsche poderia ser classificado como um indiferente (ele mente para si mesmo sobre sua indignação, mas o fato é que permanece nela sem ação) – totalmente diferente da indignação que se propõe aqui.

 

Seja inteligente, seja uma pessoa sábia, viva de forma consciente e autorresponsável.

 

Por isso, é hora de indignar-se da forma certa e não mentir para você mesmo – caindo em autoengano.

 

 

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Ederson, que “doideira” é essa de indignação e como isso envolve a questão de ansiedade e esgotamento na vida das pessoas?

 

Claro que este tema é muito mais abrangente do que se pode descreve neste simples e-book.

Mas, a questão é que as pessoas estão ansiosas porque possuem valores – e, lógico que devem manter seus valores, mas…

As pessoas lutam e sofrem diante dos dilemas da vida – porque ficam indignadas de forma negativa e cultivam ciclos de pensamento, sentimento e atitudes que as conduzem ao adoecimento.

 

A proposta aqui, como já referenciado, é preventiva e de desenvolvimento pessoal. Sendo assim, há uma iniciativa para transformar essa indignação, transformar este pensar, sentir e agir em uma nova proposição de vida, algo mais saudável e que possa trazer força pessoal e não adoecimento.

 

Por isso falei sobre a experiência de todos nós, ou seja, de como nos indignamos quando nossos valores entram em conflito com as realidades da vida – e ainda, de como precisamos fazer ajustes em nossa jornada se não quisermos adoecer.

 

Estes ajustes começam no reconhecimento de nossa indignação, no reconhecimento de nossos pensamentos (modo de ver e traduzir o mundo), emoções, sentimentos e atitudes.

 

Existe uma forma de tornar-se mais inteligente em termos socioemocional através de uma proposta simples, objetiva, prática e transformadora.

 

Este desafio contempla o reconhecimento emocional, mudança de mentalidade e ação consciente – sem a compreensão destas realidades e exercício de vida por elas determinado, somos apenas barcos à deriva, dominados por tempestades no alto-mar.

 

Somente os tripulantes indignados conseguem sair da tempestade, aprender estratégias novas e enfrentá-las com mais recursos.

 

 

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SOBRE O AUTOR

Ederson Malheiros Menezes

EDERSON MALHEIROS MENEZES

Mestre em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social, MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Coaching e Analista Comportamental, Esp. em Psicologia Positiva, Esp. em Neuroeducação, Esp. em Docência no Ensino Superior, Esp. em EaD, Esp. em Gestão de Projetos Ágeis, Bacharel em Teologia, Licenciado em Sociologia e Bacharel em Administração.

Coautor dos livros “Gestão das Emoções no Ambiente Corporativo”, “Coaching: A Hora da Virada III” e “Práticas Socioculturais Contemporâneas”.

Desenvolvedor de softwares e aplicativos educacionais.

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